A Açorianidade através das cordas foi o tema de uma das palestras que decorreu na sexta-feira na Escola Cardeal Costa Nunes no âmbito das comemorações da sétima semana dos sentidos. Esta palestra teve como oradores convidados Manuel Goulart Serpa, umas das pessoas ligadas á cultura picoense e Raimundo Leonardes, construtor de violas da terra, natural de São Jorge e contou ainda com a participação da Tuna de Cordas da Candelária. Manuel Serpa informou que não há uma data histórica para a entrada da viola da terra no Pico mas garantiu que desde sempre este instrumento fez parte da diversão, sendo no início conhecido como a viola de arame. Raimundo Leonardes, construtor de violas da terra, disse as violas são muito vendidas para São Miguel e Terceira, uma vez que existem escolas deste instrumento e falou das diferenças entre os usados no triângulo e por exemplo na Terceira. O construtor faz em média 12 instrumentos por ano uma vez que são muito trabalhados e os preços variam entre os 800 e os 2000 euros, daí defender que é um negócio rentável. Raimundo admite que a procura é maior do que a oferta e que para além dos Açores recebe encomendas dos Estados Unidos da América, Canadá e Holanda. A semana dos sentidos, com o tema Açorianidade, contou para além de palestras, com diversas atividades como um intercâmbio com as escolas do primeiro ciclo, jogos tradicionais, oficinas de artesanato e exposições. Segundo a presidente da escola a ideia é realizar mais atividades na cardeal por forma a dar a conhecer aos alunos os costumes e tradições com o objetivo de eles as preservarem. Isabel Aroeira apela à participação dos pais nestas atividades e garante que foi uma semana foi produtiva.