O Governo Regional apresentou ontem, na Horta, alterações aos estatutos da Azorina, S.A. que vão permitir dotar esta Sociedade de Gestão Ambiental de competências para a “dinamização” da iniciativa privada. Segundo Neto de Viveiros, secretário regional dos Recursos Naturais, a alteração permite que a Azorina “possa desenvolver e implementar uma estratégia de promoção, divulgação e comercialização” na fileira da madeira que se encontra em matas que são propriedade da região. Félix Rodrigues, deputado do CDS-PP, afirmou que as competências da madeira dadas à Azorina vão obrigar os privados a ficarem sujeitos às condições impostas pelo Governo Regional. Isabel Rodrigues, deputada do PS, garante que não vai existir concorrência entre o sector público e privado porque os privados são chamados a concorrer a concurso público e as árvores têm um período de vida e têm que ser colhidas e encaminhadas para algum lado. Paulo Estevão, deputado do PPM, defendeu a extinção da Azorina, enquanto o PSD lamentou os 13 milhões de euros de dívida desta Sociedade dos quais 4 milhões são divida a fornecedores. Luís Rendeiro defendeu que a sobreposição de competências entre a Azorina e os Serviços de Ambiente é evidente e que Floresta dos Açores e Câmara de Comércio e Industria dos Açores afirmam que a proposta não deve avançar. Neto de Viveiros, secretário regional da tutela, garantiu que a Azorina será apenas um mero executante das matas públicas e informou que de 2012 a 2013 esta Sociedade de Gestão Ambiental aumentou o seu ativo não corrente em 5% e o seu capital próprio aumentou em 16%”, além da redução do passivo em 3 milhões de euros. As alterações aos estatutos e objeto social da Azorina, S.A. acabaram aprovadas apenas com os votos favoráveis do PS. O Bloco de Esquerda absteve-se e as restantes representações parlamentares votaram contra.