Segundo o Estudo sobre o Consumo de Álcool, Tabaco, Drogas e outros Comportamentos Aditivos e Dependências Portugal 2024, os consumos de álcool, tabaco e drogas ilícitas entre os alunos caíram em cinco anos a nível nacional, mas o jogo a dinheiro aumentou em todas as regiões do país e triplicou nos Açores.
A notícia é avançada pelo Jornal Açores 9.
O Estudo, da autoria do Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD), acompanha os hábitos dos alunos do ensino público entre os 13 e os 18 anos.
Segundo o Instituto, o estudo revela uma evolução positiva entre 2019 e 2024, mas também novos desafios: o consumo de álcool e de tabaco diminuiu, enquanto o jogo a dinheiro aumentou no país e triplicou nos Açores.
Relativamente ao consumo de álcool, a percentagem de consumidores diverge consideravelmente de região para região, com o Alentejo a destacar-se por um maior consumo enquanto a Madeira regista as menores prevalências do país.
À semelhança do álcool, o Alentejo também se destaca por ser a região com maior consumo de tabaco, com valores muito acima do total nacional. Em sentido contrário, estão as regiões Norte, Madeira e Açores.
Quanto às drogas ilícitas, o consumo recente caiu para menos de metade, embora o Algarve e o Alentejo continuem com as maiores prevalências de canábis, ao contrário do Norte.
Os Açores apresentam a maior percentagem de alunos que dizem jogar videojogos quatro ou mais horas diárias, sendo também a região onde o jogo eletrónico numa base diária é mais prevalente (43%). O Alentejo é quem tem o menor tempo diário de jogo.
Em contraciclo com outros comportamentos aditivos, o jogo a dinheiro no último ano tornou-se mais prevalente entre os alunos, verificando-se um aumento de 5 pontos percentuais (p.p.) no total do país.
Ainda que todas as regiões acompanhem a tendência nacional, no plano regional o panorama é diferente face ao estudo anterior. A subida variou entre 4p.p., no Norte, e 11 p.p., nos Açores, onde a prevalência do jogo a dinheiro no último ano praticamente triplicou.
Segundo o Açores 9, o ICAD reforça que este estudo “é uma ferramenta estratégica para definir políticas públicas, apoiar escolas e famílias e promover uma sociedade mais saudável”, assim como para “orientar políticas e ações adaptadas à realidade de cada região”.
Açores 9/RP
