

A Associação dos Amigos do Canal (AAC) criticou em comunicado a inação do Governo Regional no que respeita à navegabilidade da Espalamaca, decorridos mais de dois anos da decisão governamental de entregar a solução final à Escola do Mar dos Açores (E.M.A).
Depois da transferência, por terra da Espalamaca, do Estaleiro de Mestre João Alberto das Neves para o Estaleiro Naval da Madalena, a “lancha continua a apodrecer nos Estaleiros da Madalena sem que mais nada fosse feito para a sua recuperação.
A Associação recorda que desde 2016 tem solicitado aos governos que façam o registo da propriedade, mas o seu registo na Capitania da Horta não foi devidamente atualizado nem estabelecida a sua categoria de navegação e este facto condiciona todo o processo de definição das obras e equipamentos a instalar.
Em 2024, A associação investiu, para além dos cerca de 40 mil euros já aplicados em tanques de combustível e elementos de propulsão, mais 62 mil euros para o total recondicionamento com garantia, dos dois motores na representação da marca em Portugal, que “jazem” num contentor ao lado da Espalamaca, aguardando a colocação na lancha.
No total, a Associação Amigos do Canal informa que já investiu mais de 100 mil euros na criação de condições para devolver a navegabilidade à Espalamaca. No entanto nada do que foi acordado foi cumprido pelo Governo Regional e Escola do Mar dos Açores.
Assim, face a tal situação, a atual direção demitiu-se em bloco, exigindo que o Governo Regional corrija, com urgência, esta sua posição atual de inação. Também está agendada para novembro uma nova assembleia geral à qual competirá definir a posição da Associação Amigos do Canal em relação à inação das Entidades Oficiais relativamente ao processo de restauro e navegabilidade da Espalamaca, definir os objetivos futuros da Associação e proceder à eleição dos Orgãos Sociais.