A abstenção nos atos eleitorais é uma questão complexa e gravíssima. A opinião é de Simas Santos, colaborador da Rádio Pico, que falava sábado, no programa Em Foco sobre o fenómeno da abstenção nos atos eleitorais. O colaborador vê com mágoa e perplexidade as pessoas estarem a desbaratar um direito que foi muito difícil de conquistar. Simas Santos defende por outro lado que os cadernos eleitorais devem ser revistos porque não correspondem á realidade. O colaborador vai mais longe e apontou que um partido que vence as eleições deve constituir um executivo seu, afirmando que no caso das autarquias não faz sentido ter no executivo pessoas que não tem pelouros. A democracia nas autarquias devia de ser feita na assembleia municipal, orgão onde podem expressar e debater as suas opiniões políticas. Manuel Tomás, convidado no programa, não concorda com o sistema de votação, uma vez que basta um imigrante vir ao Pico e fazer o cartão de cidadão para ser eleitor. O convidado admite que o sistema de voto devia ser simplificado e informatizado por forma a que mais eleitores pudessem exercer o seu direito de voto. Francisco Medeiros, colaborador da rádio e convidado no programa, reconhece que é difícil explicar a abstenção e lamenta que o PS tenha obtido uma maioria absoluta com apenas um quinto dos votos dos eleitores. Analisando a abstenção chegou á conclusão que as ilhas com maior taxa de abstenção são São Miguel, Terceira e Santa Maria, sendo a abstenção mais baixa nas ilhas nas ilhas de menor dimensão, uma vez que conhecem e estão mais próximo dos candidatos. Os convidados do programa defendem também que deviam existir mais candidaturas independentes às autarquias e assembleia regional e que quando a abstenção fosse superior a 50 % a votação devia ser repetida.