Derrota com mão do árbitro

Nada faria supor que depois de um jogo em que tinha passado despercebido – como, aliás, é sempre desejável – a partir do minuto 89 o árbitro viesse a ser a principal figura e a ter total influência no resultado do jogo como veio a ter.Quanto ao jogo propriamente dito, teve uma primeira parte em que as equipas se anularam mutuamente, fazendo com que o jogo tivesse sido uma nulidade total com o resultado a espelhar essa mesma realidade.A segunda parte trouxe um Madalena melhor e que se conseguiu superiorizar, empurrando a equipa da casa para terrenos mais recuados.Contudo, foi precisamente nesse período de algum domínio sobre o seu adversário que os picarotos acabariam por sofrer o golo inaugural, com o guarda-redes Hugo Cardoso a não ficar muito bem na fotografia na sequência de um livre indirecto na direita do ataque do Cinfães, em que Serra cabeceou dentro da pequena área em antecipação ao guardião do Madalena. O Madalena reagiu bem e continuou a fazer o seu jogo, porfiando agora para chegar à igualdade que viria a alcançar a 6min do fim por intermédio de David, que beneficiou de uma fífia do guarda-redes da casa para chegar à igualdade.Com pouco tempo para jogar o Madalena acreditou que ainda podia ser mais feliz e continuou o seu jogo, enfrentando do lado contrário a reacção algo atabalhoada e aos repelões do Cinfães.Em cima do minuto 90, dá-se o golpe de teatro que o árbitro resolveu protagonizar ao assinalar um livre indirecto sensivelmente no mesmo local de onde tinha resultado o golo do Cinfães; a cobrança foi feita com um pontapé forte para a área mas a bola acabaria por bater algures no corpo de Lino. Por indicação (de forma exuberante e insistente) do seu auxiliar, o árbitro apontou para a marca de grande penalidade para gáudio dos locais e incredulidade dos picarotos.Como se isso não bastasse, o árbitro tinha dado 4min de tempo extra, mas acabou por dar por terminada a partida sem não mais de um minuto tivesse sido jogado, deixando ainda mais no ar a ideia de premeditação. Decisões infelizes e com contornos de premeditação que tiveram influência directa no resultado, prejudicando a equipa do Futebol Clube da Madalena que viu assim ser-lhe sonegado pelo menos um ponto que naturalmente fará falta numa época tão atípica como a que a equipa da ilha montanha está a viver… FICHA DE JOGOEstádio Municipal Prof. Cerveira Pinto, Cinfães9ª Jornada – 2ª Divisão – Série Centro – 12.11.11 Árbitro: Pedro Ferreira (AF Braga)Auxiliares: Fernando Pereira e Eduardo Miranda CLUBE DESPORTIVO DE CINFÃESArmando; Eduardo, Hugo Teixeira, Joel e André Marqueiro; Rogério, Tiago e Miki; Vitor Borges, Paulo Ferreira e Toninho.Treinador: Migueli Substituições: aos 54’saiu Toninho e entrou Serra; aos 72’ saiu Vitor Borges e entrou Luis Carvalho; aos 77’ saiu Tiago e entrou Rui LopesNão utilizados: Padeiro, Jonas, Quim Pedro e CarlitosGolos: Serra (58’), André Marqueiro (92’) Disciplina: cartões amarelos para Tiago (55’) e André Marqueiro (92’) F.C. MADALENAHugo Cardoso; Rui Alberto, Gilson, Kiki e Lino; Braima, Beto e João Batista; Frazão, David e Lucas.Treinador: João PereiraSubstituições: aos 62’ saiu Braima e entrou Adérito; aos 81’ saiu Lucas e entrou Bruno; aos 87’ saiu João Batista e entrou Orlando.Não utilizados: Oliveira e Márcio Golos: David (84’) Disciplina: cartões amarelos para Braima (20’), Kiki (38’) e Lino (90’) Resultado final: C.D. Cinfães 2-1 F.C. MadalenaNuno Santos – Rádio Pico

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